sexta-feira, 23 de maio de 2014

PAUSA PARA LEITURA

ROMANTISTO DIRETAMENTE NOS LIVROS
                              -POR ROBERTA RIBEIRO


As Vítimas Algozes

Primeiro, devo apresentar o livro a vocês: “As Vítimas Algozes”, é uma obra de Joaquim Manoel de Macedo, publicado em 1869. Agora, você deve estar se perguntando se é quem realmente imagina....e eu digo que SIM! Sim, um dos grandes autores românticos, especificamente da prosa romântica e autor de “A Moreninha”.

Nesse livro, Macedo faz uma defesa da abolição da escravidão, mas utilizando argumentos diferentes dos já conhecidos direitos humanos ou a igualdade social. Ele conta ai historias narradas do ponto de vista de senhores donos de escravos, historias essas distintas, onde o escravo era a vítima direta da escravidão, e poderia vir a se tornar um carrasco de seus senhores. A obra não agradou a todo o publico, como de praste, recebendo varias criticas da imprensa. Sendo considerado um dos livros mais “atacados” pela critica durante o período romântico.

O livro é um romance abolicionista. Porém, não do modo como vimos na terceira geração romântica brasileira (podemos relembrar Castro Alves). O romance antiescravista de Macedo faz com que os leitores entendam que é preciso libertar os escravos não por razões humanitárias, mas por sempre estarem inseridos nas casas dos seus senhores, introduzirem “corrupção” física e moral em meio às famílias brancas. Assim, ele expressa a ideia de que a escravidão deve ser extinta gradativamente, sem prejuízo algum.


Macedo num tom conservador, usa os personagens de seu livro para defender suas ideias perante a escravidão. Podemos destacar a ideia de que a escravidão só cria vítimas oprimidas, com perversão logica e imoral. O tratamento dos últimos anos entre senhores e escravos foi retratado nesse romance também. Diz também, que os escravos é uma vitima de um regime desumano (o que realmente é uma verdade concreta). Retratando por fim, de forma perfeita o Brasil pós-abolicionista.

4 comentários:

  1. É bom lembrar também que além deste Joaquim Manuel Macedo foi autor de romances como A Moreninha, O moço Loiro, O Forasteiro entre outros sete. Ele criou também livros da categoria de Sátira Política, Crônicas sobre o Rio de Janeiro(cidade), entre outras diversas categorias como teatro, biografias, poesias e livros para história, geografia e medicina. Ao todo foram 32 obras de grande sucesso, além de ser o patrono da cadeira 20 na Academia Brasileira de Letras. -Elen Soledade

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  2. Um livro muito importante, eu recomendo porque já fiz a leitura do tal.Vários pontos me chamaram atenção neste comentário, principalmente quando se diz respeito a escravidão, que é um tema q hoje em dia choca muito, pois só em saber o que aqueles negros passaram, faz as pessoas refletirem do que é ser um humano.
    Portanto,esse livro expõem a coragem de Joaquim Manuel de Macedo, em publicar um livro, que tem como tema, um assunto que naquela época era bastante "simples".
    Ele quis passar ao publicar esse livro, que todos aqueles absurdos que os escravos passaram, trazia tanto aos Senhores, como aos escravos uma perversidade, um movimento psicológico doloroso, que afetava à todos. Parabéns pela escolha.
    Victor Andrade.

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  3. O livro vitimias algozes, como diz no texto por meio de três narrativas, o autor busca mostrar para o leitor que deve ter a abolição da escravatura, porque os escravos corrompe o patrão, faz usos de magia negra. O autor expressa que a escravidão faz vitimas algozes e que deve ser gradualmente extinta, sem prejuízo para os senhores, o autor também deixa claro que com a escravidão os maiores prejudicados são os senhores. A ideia moral do livro é que a perversidade causada pela condição de escravo volta-se contra os senhores, por mais bondosos que eles sejam.

    -- José Emir

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  4. As Vítimas-Algozes é, ao seu modo, um romance abolicionista. Na obra o autor expressa a ideia de que a escravidão faz vítimas algozes e deve ser gradualmente extinta, sem prejuízo para os grandes proprietários de terra. Num tom conservador e usando personagens como a escrava Lucinda, o autor defende a tese de que a escravidão cria vítimas oprimidas socialmente, mas com uma perversão lógica, imoral e com influência corruptora.
    - Caroline Leal

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