domingo, 1 de junho de 2014


Só romance indianista!
Aluna- Clivia Fonseca

O Romance Indianista, tipicamente brasileiro, foi um das principais tendências do nosso Romantismo. O prestígio do indianismo - que trazia o índio e os costumes indígenas como foco literário - junto ao público foi amplo e imediato. Vários fatores contribuíram para a sua implantação. Dentre eles citamos:
As idéias do pensador iluminista e pré-romântico Jean Jacques Rousseau. Segundo ele o homem originalmente é puro, mas é corrompido ao entrar em contato com a civilização. Portanto, Rousseau via no homem primitivo o modelo de ser humano.
No Brasil essas idéias encontraram plena aceitação entre os artistas e o publico, já que nosso índio podia ser identificado como o bom selvagemde Rousseau; por não contarmos com a riquíssima matéria aventuresca medieval do Romantismo Europeu: o cavaleiro medieval representava a figura do herói romântico, justo fiel, corajoso, forte e ético. No Brasil, o herói cavaleiro não poderia existir, pois não houve Idade Média, então, nosso índio passou a representar a pureza, a inocência do homem não corrompido pela sociedade, além de assemelhar-se aos heróis medievais. O próprio Brasil, recém-independente, passou a ser visto como uma espécie de "paraíso americano" a salvo da decadência cultural das civilizações portuguesa e europeia em geral.
José de Alencar é o nosso mais representativo autor indianista em prosa, como nos provam os dois melhores romances que escreveu:
Iracema (1865) a mais bela lenda indígena transformada em prosa tal a beleza e a plasticidade de suas imagens. O romance narra à lenda (criada pelo próprio Alencar) da origem do Ceará (Estado natural do autor), fruto do amor proibido entre o guerreiro português Martin e a virgem tabajara Iracema.
O Guarani romance histórico-indianista publicado inicialmente sob a forma de folhetim no diário do Rio de Janeiro, em 1857Ubirajara (1874).
Na poesia, Gonçalves Dias, um autêntico indianista pelas seguintes razões:
1ª. Pelo sangue (era filho de uma guajajara com um português).
2ª. Pelo conhecimento direto com os indígenas quando menino.
Com poemas espalhados por vários livros, destacam-se como verdadeiras obras-primas: I-Juca-Pirama, na qual relata a morte do último remanescente da tribo Tupi, devorado por índios da tribo dos Timbiras; e Canção do Exílio.
Merecem destaque também: Marabá, Canção do Tamoio, O Canto do Guerreiro e o inacabado Os Timbiras, poema épico do qual só chegaram a serem publicados os quatro primeiros cantos.
Mais modernamente, o indianismo é visível em Macunaíma, de Mário de Andrade; Cobra Norato, de Raul Bopp e Martin Cerrerê, de Cassiano Ricardo. 

sábado, 31 de maio de 2014

A prosa romântica

Colégio da Polícia Militar, Dendezeiros, Bahia
Professora: Tânia Tosta
Alunas: Eduarda Victória e Laura Barbosa
II º Ano A

                              A Prosa Romântica

A prosa romântica teve início com a publicação da obra de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa " O FILHO DO PESCADOR " , que é uma obra nitidamente influenciada  pelos folhetins franceses que haviam se tornado modismo em vários jornais brasileiros.O romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: antes de José de Alencar e pós-José de Alencar, pois antes desse importante autoras narrativas eram basicamente urbanas, que apresentavam uma visão muito superficial dos hábitos e costumes da sociedade burguesa.
José de Alencar foi um dos principais Autores da literatura Romântica no brasil, Não desmerecendo os demais autores, com elementos surgiram os romances indianistas, regionalista e históricos, assim transformando o romance da época mais critico e realista.
Os romances brasileiros fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A estrutura típica do romance europeu, ambientada nos cenários facilmente identificáveis pelo leitor brasileiro(cafés, teatros, ruas de cidades como o Rio de Janeiro).
O sucesso também se deve ao fato de que os romances eram feitos para a classe burguesa, ressaltando o luxo e a pompa da vida social burguesa e ocultando a hipocrisia dos costumes burgueses. Por isso pode-se dizer que, no geral, o romance brasileiro era urbano, superficial, folhetinesco e burguês.

A obra de José de Alencar pode ser dividida em dois grupos distintos

Quanto ao espaço politico


  • O sertão do Nordeste - O Sertanejo
  • O litoral cearense - Iracema
  • O pampa gaúcho - O Gaúcho
  • A zona rural - Til (interior paulista), O Tronco do Ipê (zona da mata fluminense)
  • A cidade, a sociedade burguesa do Segundo Reinado - Diva, Lucíola, Senhora e os demais romances urbanos.

Quanto à evolução histórica


  • O período pré-cabralino - Ubirajara.
  • A fase de formação da nacionalidade - Iracema e O Guarani.
  • A ocupação do território, a colonização e o sentimento nativista - As Minas de Prata (o bandeirantismo) e Guerra dos Mascates (rebelião colonial).
  • O presente, a vida urbana de seu tempo, a burguesia fluminense do século XIX - os romances urbanos Diva, Lucíola, Senhora e outros.

Importância das obras de José de Alencar

Considerado o mais importante escritor do Romantismo brasileiro, é ele quem consegue expressar o perfeito retrato da cultura brasileira, explorando novas vertentes da produção literária, criando e abrindo caminhos para a criação de uma literatura brasileira original, ampla e de boa qualidade. E por isso foi o autor que mais se aproximou do objetivo da escola romântica, mesclando a idealização e o sonho com um realismo sutil, valorizando os elementos naturais da cultura brasileira e o índio como figura-mãe da original cultura brasileira. Suas obras foram capazes de inspirar nos burgueses o gosto pela leitura nacional e também, de inspirar diversos autores a seguir caminhos por ele traçados, concretizando assim seu projeto nacionalista de revelar o Brasil num todo.

Outros importantes autores foram:

Joaquim Manuel de Macedo

Célebre por dar início à produção prosaica do romantismo brasileiro, Joaquim Manuel de Macedo ou Dr. Macedinho, como era conhecido pelo povo, escreveu um dos mais populares romances da literatura romântica do Brasil. O romance "A moreninha" fez um enorme sucesso dentre a classe burguesa brasileira que se sentia extremamente agradada por um novo projeto de literatura: A literatura original do Brasil. Uma literatura que continuava a seguir os padrões das histórias de amor europeias tão populares entre a classe burguesa, mas que ao mesmo tempo inovava ao trazer tais histórias tão clássicas para ambientes legitimamente brasileiros que faziam os leitores identificarem os ambientes mencionados. Trata-se de um escritor que estava voltado para as narrativas urbanas e tinha como foco a cidade do Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, e a alta sociedade carioca em seus saraus e festas sociais. Seus romances em forma de folhetim, eram como as atuais telenovelas, só que escritos em episódios num jornal.

Bernardo Guimarães

Considerado um dos mais importantes regionalistas românticos brasileiros, opta por seguir um dos caminhos traçados por José de Alencar ambientando suas tramas nos estados de Minas Gerais e Goiás. Suas obras conservam o caráter linear romântico, apresentando a estrutura folhetinesca típica de sua época; prezam pela valorização do pitoresco e do regional, resgatando os hábitos típicos da sociedade imperial. Caracteriza-se por usar, por vezes, a linguagem oral em sua obra e fazer críticas sutis aos sistemas patriarcal, clerical e escravocrata do Brasil Império. Entres suas principais obras, destacam-se: a escrava isaura e o seminarista.

Franklin Távora

Um dos mais importantes escritores do romance regionalista brasileiro, Franklin Távora foi o primeiro autor romântico a escrever sobre o cangaço nordestino e um dos mais assíduos críticos do romantismo de José de Alencar pois acreditava num romantismo mais realista, menos idealizado, tanto que suas obras oscilam entre o romântico e o realista. Sua literatura era baseada no "Projeto de uma Literatura do Norte", o que ele fez foi explorar as regiões Norte e Nordeste do Brasil, apoiado em sua teoria de que essas eram as regiões mais brasileiras por serem as menos exploradas pelos brancos europeus, conservando assim um caráter mais típico e mais real da cultura do Brasil. Suas obras valorizavam bastante a questão regional, prezando pelo pitoresco e peculiar das regiões que se preocupou em retratar, assim ele pode expressar os costumes, as características e a realidade, até então pouco explorados, da população do interior do Brasil de forma detalhada e realista.

Visconde de Taunay

Outro importante autor da vertente regionalista do romantismo brasileiro, que tomou por cenário de suas narrativas a província de Mato Grosso. Sua obra caracteriza-se pela precisão de detalhes e pela descrição minuciosa da paisagem mato-grossense, abusando de detalhes sobre a flora, a fauna e o relevo do cerrado central do Brasil. Seus romances apresentam a habitual estrutura romântica linear e acessórios realistas. Caracterizados por estarem integrados à vertente sertanista, preocupando-se em retratar de forma rica e real o ambiente particular da região centro-oeste brasileira. Dentre as principais de obras de Visconde de Taunay estão: inocência e a retirada da laguna.

Manuel Antônio de Almeida

O que melhor descreve a sua importância no romantismo brasileiro é o seu envolvimento com o romance de costumes. Sua obra procurou retratar os hábitos, a moda, o folclore e a religiosidade das classes populares do início do século XIX, desmascarando violentamente a baixa sociedade brasileira colonial, o que a torna singular dentre as obras românticas que procuraram tratar dos costumes e dos valores da alta sociedade imperial. Seu romance de costumes ironizava os padrões e normas românticos, criticava a desequilibrada baixa classe brasileira sarcasticamente e pôs em crise a idealização romântica devido ao fato de seus personagens serem malandros, cafajestes e praticamente marginais. Um dos principais traços da obra de Manuel Antônio de Almeida é o predomínio do humor sobre o dramático, suas personagens eram caricaturizadas, com ênfase aos seu defeitos, os acontecimentos da trama desmentiam as aparências das personagens (o quebra mais um padrão romântico cujas obras apresentavam acontecimentos que validavam as aparências das personagens).


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Comparando: Mulher do Romantismo brasileiro com a mulher nos dias atuais.

Todos nós sabemos que a mulher era uma figura 'excêntrica', por assim dizer, e por isso era muito valorizada no Romantismo, sendo assim nas 3 gerações.
Porém como seria a comparação da mulher na época do romantismo com a mulher dos dias atuais? Se levarmos para o lado critico certamente teríamos essa conclusão:


 A mulher do estilo romântico era vista pelos poetas e escritores como 
alguém distante e idealizada. Esta idealização era expressa na poesia através do 
símbolo da mulher pura e virgem. A rotina dessas mulheres era centrada no lar onde acompanhavam nos ambientes sociais, o homem. Além das festas na corte, o 
passatempo das mulheres do Romantismo era a leitura de poesias ou romances, 
enquanto os homens trabalhavam e discutiam temas mais abrangentes inerentes a 
época em que viviam. As moças da época tinham por objetivo maior, conseguir um 
matrimônio e para isso, os casamentos eram arranjados pelos pais.
Nessa época a mulher era um ser mais sensível e dependente. Porém, os tempos mudaram... 

A mulher atual busca sua independência, procurando não depender exclusivamente 
do companheiro como as mulheres do Romantismo. Elas estudam e lutam por uma 
profissão que possa permitir uma boa qualidade de vida. Não são mais tão românticas 
ao ponto de desejar o casamento como objetivo maior de suas vidas. Cada vez mais, 
tais mulheres assumem cargos que antes eram exercidos só por homens e lutam por 
direitos iguais. No campo afetivo, além de escolherem o companheiro, caiu o tabu da 
virgindade, exigida pela sociedade na época do Romantismo.

- Giuliano Amaral

domingo, 25 de maio de 2014

Período Clássico (musica séc.XVIII)

Período clássico (música Séc.XVIII) 

                                                                               Talisson Queiroz

Período clássico é o período da música erudita ocidental entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX, caracterizada pela claridade, simetria e equilíbrio. Os compositores mais conhecidos do período são Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e Ludwig van Beethoven (1770-1827), embora este último, mostrava características do Romantismo desde sua Terceira Sinfonia.
Na cultura ocidental, a segunda metade do século XVIII coincidiu com a última parte do Período do Iluminismo. Este movimento, humanitário e secular por natureza, enfatizava a razão, a lógica e o conhecimento. Aqueles que se baseavam na religião, na superstição e no sobrenatural para manterem as posições de poder, viram a sua autoridade questionada e eventualmente reduzida. A crença nos direitos humanos e na irmandade sobrepôs-se ao direito divino dos reis, até então considerado inegável. Ambas as revoluções americana e francesa foram combatidas durante esta metade do século. Considerando este período como um grande ponto de reviravolta, os filósofos e escritores promoveram a razão em detrimento do costume ou da tradição como o melhor guia da conduta humana. Uma mudança paralela ocorreu na música ocidental durante a segunda metade do século XVIII. Denominado normalmente "Período Clássico", este período musical era caracterizado pela objectividade (controlo, brilho e requinte), claridade, periodicidade (fraseologia regular) e equilíbrio.
Na história da música ocidental, o estilo que se desenvolveu durante os anos precedentes (1720/30 - 1770) é conhecido por "pré-clássico" ou menos pejorativo, o estilo de "meados do século". O gosto musical alterou-se profundamente como aconteceu com as artes visuais. Tal como estas últimas que revelaram uma preferência pelo equilíbrio e pela claridade da estrutura, também estas características tornaram-se pontos fulcrais para os compositores. No início, a composição musical passou de um estilo ornado do período Barroco para um estilo popular de extrema simplicidade. Os compositores deste período criaram obras que transpareciam claridade e acessibilidade acima de tudo; na verdade, reagiam contra o denso estilo polifónico do último período Barroco. Estas características encontram-se nas sinfonias de compositores como Giovanni Battista Sammartini (1700/01-1775) e Johann Stamitz (1717-1757). Estes traços de claridade e simplicidade, juntamente com uma elaboração sistemática de ideias, uma aproximação universal à expressão musical e uma preocupação com o equilíbrio entre estrutura e expressão, formam a base do estilo clássico.
Embora muitos compositores tenham vivido e composto durante o Período Clássico, as três maiores figuras são Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang Amadeus Mozart(1756-1791) e Ludwig van Beethoven (1770-1827). Cada um contribuiu significativamente para a sinfonia, a sonata para piano, a música de câmara- o quarteto de cordas em particular - e para a música de igreja. Todos utilizaram a Forma-sonata, que constitui o cerne do Período Clássico. A estrutura da sonata clássica, dependendo primeiro e principalmente do movimento harmónico, foi a forma predominante numa vasta série de primeiros movimentos de sinfonias, sonatas e obras de câmara. Foi também utilizada de outras formas, assim como em movimentos lentos e conclusivos dos géneros mencionados, em movimentos de grande magnitude, aberturas e em algumas partes de óperas. Neste último campo, Haydn e Mozart escreveram obras que foram bem recebidas pela audiência de então; contudo, só Mozart foi incluído no actual repertório lírico.
Os historiadores teriam inserido facilmente Haydn e Mozart no Período Clássico. A vida de ambos encaixa-se nitidamente no período em questão; além disso, neles encontra-se uma exploração preliminar do estilo dos meados do século, que depois é convertido num estilo mais pessoal e totalmente desenvolvido, trazendo consigo os traços esperados de um compositor clássico. Beethoven é mais problemático porque a sua música abrange os períodos clássico e romântico. As suas primeiras obras (até cerca de 1802) inserem-se no estilo do período em questão. As últimas obras, cheias de drama, tensão, exploração harmónica e estrutural são melhor discutidas dentro do contexto do século XIX.

sábado, 24 de maio de 2014

Um pouco sobre o filme Guarani, VICTOR ANDRADE.

Sobre José de Alencar
José de Alencar nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia primeiro de maio de 1829. Formado em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, teve intensa carreira política como deputado, ministro e outros cargos. Em 1856 publica seu primeiro romance, Cinco Minutos, seguido por "A Viuvinha" (1857). Porém, é com "O Guarani" (1857) que José de Alencar torna-se um escritor reconhecido pelo público e pela crítica. Vitimado pela tuberculose, faleceu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1877.

Sua obra é dividida em quatro fases e é tida como uma das maiores representações do Romantismo brasileiro. A primeira, a dos romances indianistas, tem suas maiores obras: "Iracema" (1865), "Ubirajara" (1874) e "O Guarani". A segunda fase, a dos romances históricos, temos "Minas de Prata" (vol. 1: 1865; vol. 2: 1866) e "Guerra dos Mascates" (vol. 1: 1871; vol. 2: 1873). A terceira fase é a dos romances regionalistas e tem como representantes as obras "O Gaúcho" (1870), "O Tronco do Ipê" (1871) e "Til" (1871). Por fim, a última fase é a dos romances urbanos, onde temos "Lucíola" (1862), "Diva" (1864) e "A pata da Gazela" (1870).

Romance indianista (1857) escrito por José Alencar foi o primeiro grande sucesso, desenvolvido em princípio em folhetim, no Correio Mercantil.
O filme Guarani demonstra de forma bem aberta à fidelidade e a devoção, entre Cecília (a Nobre), e Peri (o Indígena), o amor de Isabel por Álvaro, e o amor deste por Cecília. Este filme mostra o início da colonização do Sudeste, (Vale Paraíba) e da aculturação do índio.

 Peri e Cecília são considerados heróis do romance imaginário brasileiro.
Além de todos esses acontecimentos o filme mostra também a traição feita por Loredano, um ex-padre, que só queria obter lucro (a prata), e ficar com a virgem Cecília.

O filme retrata também a exaltação indígena (o indianismo, com traços da Primeira Geração Romântica), a Cor local, pois quando eles escolhem viver na mata, onde é um lugar harmônico para se viver.·.

Além disto, o filme Guarani mostra como os indígenas largavam suas tradições, seus costumes, para serem fiéis aos Brancos, pois eles acreditavam em uma ideia mística, que todos aqueles que viessem pelas águas (o mar), seriam deuses, aqueles que já viveram, por isso se sentiam na vontade de fiéis aos brancos que vieram pelo mar.

A propriedade de D. Antônio era organizada de acordo com os modelos coloniais portugueses e seguiam um código cavalheiresco de vassalagem medieval, sendo que os criados juravam lealdade eterna a seu senhor. Assim, o clima na propriedade é de um espírito patriótico e leal a Portugal.
Ao final do filme ocorre uma guerra entre a tribo dos Aimorés, os portugueses, e os traidores, que acaba com a vitória dos Aimorés. D. Antônio cede a Peri, sua filha, para que ele á proteja, portanto, Peri teria que se converter ao cristianismo, (Aí já mostra de forma indireta a catequização do índio). Peri e Cecília fogem e vão se resguardar na mata e D. Antônio, e seus servos se suicidam, tocando fogo na casa.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

PAUSA PARA LEITURA

ROMANTISTO DIRETAMENTE NOS LIVROS
                              -POR ROBERTA RIBEIRO


As Vítimas Algozes

Primeiro, devo apresentar o livro a vocês: “As Vítimas Algozes”, é uma obra de Joaquim Manoel de Macedo, publicado em 1869. Agora, você deve estar se perguntando se é quem realmente imagina....e eu digo que SIM! Sim, um dos grandes autores românticos, especificamente da prosa romântica e autor de “A Moreninha”.

Nesse livro, Macedo faz uma defesa da abolição da escravidão, mas utilizando argumentos diferentes dos já conhecidos direitos humanos ou a igualdade social. Ele conta ai historias narradas do ponto de vista de senhores donos de escravos, historias essas distintas, onde o escravo era a vítima direta da escravidão, e poderia vir a se tornar um carrasco de seus senhores. A obra não agradou a todo o publico, como de praste, recebendo varias criticas da imprensa. Sendo considerado um dos livros mais “atacados” pela critica durante o período romântico.

O livro é um romance abolicionista. Porém, não do modo como vimos na terceira geração romântica brasileira (podemos relembrar Castro Alves). O romance antiescravista de Macedo faz com que os leitores entendam que é preciso libertar os escravos não por razões humanitárias, mas por sempre estarem inseridos nas casas dos seus senhores, introduzirem “corrupção” física e moral em meio às famílias brancas. Assim, ele expressa a ideia de que a escravidão deve ser extinta gradativamente, sem prejuízo algum.


Macedo num tom conservador, usa os personagens de seu livro para defender suas ideias perante a escravidão. Podemos destacar a ideia de que a escravidão só cria vítimas oprimidas, com perversão logica e imoral. O tratamento dos últimos anos entre senhores e escravos foi retratado nesse romance também. Diz também, que os escravos é uma vitima de um regime desumano (o que realmente é uma verdade concreta). Retratando por fim, de forma perfeita o Brasil pós-abolicionista.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Equipe: Camila Fiuza, Caroline Leal, Fransuele Oliveira, Thaise Bispo, Thalita Cardoso, Victor Andrade













O romantismo é todo um conjunto cultural que envolve arte, literatura, e a música. Iniciou-se no século XVIII e se espalhou pelo mundo praticamente no século XIX.
Algumas características desse movimento foram: a valorização das emoções, liberdade de criação, nacionalismo, e histórico.

·         Artes Plásticas
Depois de muitas pesquisas, alguns autores se destacaram nesta modalidade, que deixou grandes marcas, foram eles: Francisco Goya, e Eugéne Delacroix. Foram os maiores representantes do Romantismo artístico, eles representavam a natureza, os problemas sociais e urbanos (Terceira Geração), e valorizavam as emoções e os sentimentos em suas obras, que pode ser considerada como “Segunda Geração”.
                                                
·         Literatura
Foi a partir da poesia lírica que o romantismo teve esse formato literário do século XVIII e XIX. Os poetas usavam e abusavam das figuras de linguagem, os principais temas abordados na literatura eram os amores platônicos, as decepções amorosas (Podemos destacar Gonçalves Dias), os acontecimentos históricos (Primeira Geração), e a morte (Segunda Geração). Algumas obras bem conhecidas são: Os Miseráveis, Os Três Mosquiteiros, e diversas poesias de Lord Byron.

·         Música
As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. Suas sinfonias, a partir da terceira, revelam uma música com temática profundamente pessoal e interiorizada, assim como algumas de suas sonatas para piano também, entre as quais é possível citar a Sonata Patética.
Na musica ocorre a valorização da liberdade de expressão das emoções, e a utilização de todos os recursos linguísticos. Na musica os assuntos que mais se destacaram foram o de cunho popular, como: O tema folclórico e nacionalista.Os opera também era o principal tipo de musica naquela época por causa de orquestra ornamentada, por ter esse requinto,
em relações às outras musicas. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância no romantismo brasileiro desta época.
Os artistas que se destacaram nesta modalidade em sua época, foram: Ludwig van Beethoven (suas ultimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Richard Wagner, Franz Liszt.
·         


Teatro
Na dramaturgia o romantismo se manifesta valorizando a religiosidade, o individualismo, o cotidiano, a subjetividade e a obra de William Shakespeare. Os dois dramaturgos mais conhecidos desta época foram Goethe e Friedrich von Schiller. Victor Hugo também merece destaque, pois levou várias inovações ao teatro. Em Portugal, podemos destacar o teatro de Almeida Garrett.


·         Teatro brasileiro
Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena.


sábado, 10 de maio de 2014

A evolução no vestuário no séc.XIX

COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR - UNIDADE DENDEZEIROS
Equipe:  Clívia Fonseca, Doralice Braga, Luana Santana, Luara Lisboa, Maria de Lourdes, Talisson Queiroz e Thomas Rodrigues, II° ano A.
Professora: Tânia Tosta



A evolução no vestuário no século XIX



As roupas nessa época foram influenciadas pelo Neoclássico, após a Revolução Francesa em que as mulheres gostariam de abandonar os espartilhos, saiotes e saltos para adotar vestidos simples, porém essa mudança só acontece definitivamente no final do século.







Ao longo do século XIX, a industrialização na produção de roupas e tecidos espalhou-se para outros cantos do mundo. A indústria têxtil ficou firmemente estabelecida nos Estados Unidos, França, Alemanha e no Japão. 





Aos poucos as roupas ocidentais foram substituídas pelas tradicionais. Mas algumas pessoas ainda preferiam usar roupas feitas por um artesão, quando podiam pagar. Outras pessoas, principalmente as que moravam em lugares isolados, continuaram a fabricar tecidos e roupas em casa.Nesse século as roupas passaram a ficar mais simples e leve.



C
omeçou a ser usado camisas e saias  (que deveriam serem usadas juntas) e logo se tornaram tendência entre as mulheres de classe trabalhadora. 

                                   

        As Peças da Época


Usado durante o dia.
As mulheres usavam vestidos longos, daqueles que eram cheios de saias e geralmente tinham espartilhos durante o dia, chapéus (que só eram permitidos durante o dia).

 

Usado durante a noite.

Os vestidos de noite tinham decotes e nos pés usavam botinhas ou sapatinhos. As mais pobres também usavam vestidos, porém de um tecido menos nobre e com poucos enfeites ou saias e botinhas. Jóias eram muito utilizadas e os cabelos deveriam estar no alto. 




Usado em casa.
Dentro de casa, usava-se um robe originalmente concebido como "robe de chambre" que dispensava o uso de espartilhos. 


Cores e tecidos





Os tecidos eram de fibras naturais como algodão, linho, lã, sedas. Mas já existiam variedades de tramas com os crepes, chamalotes, veludos, tafetás, cetins, cassas, gorgorões, etc. 

                             





   Para eles 



A moda masculina no século XIX era bem formal para nós. Os homens usavam um terno (que poderia ser de vários tecidos e cores, mediante a cada ocasião) que levava colete, golas que deveriam ser bem engomado para que o colarinho ficasse sempre no alto, chapéus e bengalas que poderiam ser usados de dia. Durante a noite usavam casacos e podiam usar cartolas. Em casa era permitido usar o famoso robe de chambre. 






Curiosidades

  •  Espartilhos foram usados até o final do século XIX.
  • Calcinhas foram criadas na década de 1870. 

sábado, 3 de maio de 2014

Colégio da Polícia Militar - Dendezeiros
Equipe: Deivison Gomes, Elen Soledade, José Emir, José Ricardo e Roberta Ribeiro
Professora: Tânia Tosta                         Série: IIº A



ROMANTISMO SÉCULO XIX

Antes de começarmos, deixemos claro algumas coisas: O que foi o romantismo?
O romantismo foi um período cultural, artístico e literário que se inicia na Europa no século XVIII, e, em seguida espalha-se e tomando o mundo no século XIX. As principais características nesse período são: sentimentalismo, liberdade de criação, pessimismo, amor platônico, individualismo, nacionalismo, egoísmo, idealização da mulher, ironia, valorização da natureza e melancolia, além, da influência de Lord Byron em uma das suas gerações em grande quantidade.

Neste século, o romantismo não se detinha apenas nas características físicas e ilustrativas das coisas, muito pelo contrario, no século XIX ele estava em cada pessoa, a cada ato, em cada momento. Em geral de forma exacerbada e egoísta, quando expressa em poemas e prosas pelos artistas. Mas, quando no tocante a cada ser, existiam características visíveis, com o modo de vestir-se, agir e falar, por exemplo.
No século XIX, o romantismo era supervalorizado, havia todo um desenrolar na conquista de ambas as partes para formar um casal, ou em alguns casos, suas frustações, sonhos ou conquistas amorosas eram relatas de diversas formas.

Existem formas de logo percebemos quando estamos nos referindo ao romantismo, como por exemplo: as roupas eram copiadas dos retratos medievais. E foi nessa época que ressurgiram as mangas presuntos, remanescentes da Renascença, que eram sustentadas por barbatanas ou bolas cheias de espuma, Usavam-se também xales delicadamente bordados ou rendados sobre os vestidos e pequenas bolsas de couro à cintura. As mulheres, diferentemente das jovens, usavam os cabelos revoltos e ondulados sob chapéus altos e de abas largas.


Mas, se havia essa supervalorização do romantismo antigamente, como estão as coisas nos tempos atuais? Com a sociedade que possuímos hoje em dia, o romantismo foi esquecido. Quando citamos a palavra romantismo, automaticamente nos dá uma sensação de nostalgia, e hoje, ser romântico é um sinônimo para bajulação e exibicionismo, ou seja, a chamada “ostentação”, que as pessoas possuem em lugares e nas redes sociais. Porém, a falta do romantismo não quer dizer a extinção do amor, esse sentimento não se resume a presentear ou agradar o outro, mas sim, o mais simples e bonito gesto de deixar um bilhete numa mesa, como uma forma de unir as pessoas.